quinta-feira, 6 de setembro de 2012

SSP contabiliza 135 prisões de 'caixeiros', mas 38% dos criminosos presos já estão em liberdade

Florianópolis (06.09.2012) - A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) já contabiliza 135 prisões de criminosos envolvidos em ataques a caixas eletrônicos nos últimos dois anos. Só este ano, de 1º de janeiro a 24 de agosto, foram realizadas 80 prisões em todo o Estado. Mas a maior dificuldade é manter esses criminosos na cadeia.
Números divulgados hoje (6), pela Diretoria de Inteligência e Informação (DINI) da SSP mostram que das 80 prisões, 25 assaltantes já estão soltos, e outros 24 ganharam a liberdade, posteriormente, beneficiados por alguma decisão judicial. Ou seja, mais da metade destes criminosos está nas ruas e voltou a reincidir nesta prática delituosa. Além das 80 prisões, outras 26 pessoas foram conduzidas às delegacias para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento em ataques a caixas eletrônicos.
Este ano, Santa Catarina registrou 124 ataques – entre tentados e consumados - a caixas eletrônicos com o uso de maçarico, no período de 1º de janeiro a 5 de setembro.
Em 2011 o quadro não foi diferente. Foram 55 prisões, sendo que deste total 27 criminosos já estão em liberdade. No ano passado a SSP registrou 99 ataques a caixas eletrônicos com uso de maçarico.
Ainda de acordo com o relatório organizado pela DINI, a reincidência é considerada alta neste tipo de crime. Somado o número de prisões feitas em 2011 e 2012, cerca de 38% dos criminosos que ganharam a liberdade já voltaram a praticar crimes relacionados a arrombamentos a caixas eletrônicos. A participação de menores também é significativa. Dos 135 presos nos últimos dois anos, cerca de 40 eram adolescentes infratores.
O secretário da Segurança Pública, César Augusto Grubba, lembra que a legislação penal e processual penal estabelece cada vez mais garantias aos criminosos. “O cidadão de bem, por sua vez, está cada vez mais recluso dentro da sua residência. Uma verdadeira inversão dos valores sociais”. Mas garante a continuidade de ações de repressão, envolvendo todas as instituições de segurança. Grubba lembra, ainda, que os confrontos entre polícia e assaltantes já deixaram um saldo de seis criminosos mortos nos últimos dois anos.

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