quarta-feira, 18 de maio de 2011

SSP planeja instalar núcleos para acompanhamento e redução do estresse dos seus servidores

Florianópolis (18/05)Instalação de núcleos para acompanhamento e redução do estresse ocupacional, mecanismos para aplicação de uma nova política salarial e reconhecimento e valorização do profissional de segurança pública. Essas são algumas das estratégias para reduzir o nível do estresse ocupacional dos policiais militares e civis, bombeiros militares e servidores do Instituto Geral de Perícias.

Os resultados da pesquisa Mapeamento de Fontes de Estresse em Profissionais da Segurança Pública em Santa Catarina foram divulgados na manhã de hoje (18), em cerimônia que contou com a participação do secretário da Segurança Pública, César Grubba; Cláudio Gomes, diretor de Formação e Capacitação Profissional da SSP; gestores da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias e os diretores da BIOS e responsáveis pelo trabalho.

O estudo, inédito em Santa Catarina, foi desenvolvido pela empresa BIOS - Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento Humano no Trabalho, vencedora do processo de licitação, e organizado pela Diretoria de Formação e Capacitação Profissional da Secretaria da Segurança Pública (SSP) em convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp.

Na opinião do secretário César Grubba, muitas dos eventos que causam o estresse são inerentes à função do policial, que é uma atividade de risco, mas alguns deles são visíveis nas mais diversas carreiras profissionais. Ele entende que reverter este quadro é possível a partir de um acompanhamento especializado, reconhecimento das chefias e da comunidade e uma melhor remuneração. “Vamos encaminhar ao governador Raimundo Colombo uma proposta de valorização para o servidor da área da Segurança Pública, que inclui uma maior remuneração salarial”, disse o secretário.

A expectativa, agora, é que os resultados da pesquisa colaborem na estruturação e desenvolvimento de ações de controle e prevenção do estresse ocupacional, contribuindo na implantação de programas estratégicos para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais da Segurança Pública. “É um trabalho que exige controle emocional e equilíbrio das ações”, destaca o secretário.

A pesquisa ouviu 2.674 profissionais, entre policiais civis, militares, bombeiros-militares e servidores do Instituto Geral de Perícias, no período de novembro de 2009 a março de 2010. O estudo apontou que das 65 situações consideradas estressoras no ambiente profissional, identificadas a partir de um check list, destacaram-se aquelas que estão associadas à complementação salarial – hora extra para complementação de salário, trabalho aos finais de semana e no período noturno, realização de atividades extra-policiais (“bico”) para complementação de salário.
Também constam na relação de eventos estressores a falta de reconhecimento, da chefia e da comunidade, pela realização de um bom trabalho, a fragilidade do sistema judiciário em dar continuidade aos processos de aplicação da lei aos infratores entre outros e a falta de apoio jurídico por parte da Instituição, no que se refere a trabalho de campo.

O objetivo deste estudo foi mapear as fontes de estresse em profissionais da Segurança Pública de Santa Catarina, com base na identificação e mensuração de eventos estressantes, estratégias utilizadas pelos profissionais para lidar com esses eventos, assim como os possíveis sinais e sintomas fisiológicos e psicológicos do estresse apontados pelos profissionais.



Fpolis,. 18/05.2011
AI//SSP


Foto: Bruna Andrett/SSP

Foto: Bruna Andrett/SSP

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